Primeiro temos que enquadrar bem a posição de um contabilista. Normalmente é um empresário ou empregado por conta de outrem, que presta serviços às empresas. Deste ponto de vista, é sempre difícil um profissional insurgir-se contra quem lhe paga o salário ou uma avença. é uma espécie de ditadura do século XXI, do género, fazes o que eu quero, porque sou eu que te pago, se não fizeres, tenho centenas de pessoas para o teu lugar.
Temos aqui um problema. Os contabilistas também têm família e contas para pagar, como os comuns mortais, ele precisa de trabalho. Este é o estado de coisas actual.
Criar um estatuto dos técnicos oficiais de contas mais arrojado, que crie uma imagem de profissionalismo e de independência, na execução das suas tarefas. Só com independência é que se pode realmente relatar a verdadeira posição financeira e desempenho das operações de uma entidade.
Criar um mecanismo de defesa dos contabilistas, tanto na ordem dos TOC como na administração fiscal, para que estes possam denunciar situações de ilegalidade, sem serem penalizados por isso.
Com a entrada do SNC (sistema de normalização contabilística) foi desenvolvido o antigo anexo ao balanço e à demonstração de resultados, passando a chamar-se apenas anexo. Dizem os teóricos que é uma ferramenta importantíssima para os contabilistas, porque podem aí explicar a opinião sobre as rubricas do balanço e da demonstração de resultados. Não nos enganemos, o anexo só serve para cumprir uma exigência legal. Consta da IES (informação empresarial simplificada), que mais que não é que informação para o INE (instituto nacional de estatística) para servir de base a métricas matemáticas e estatísticas. É lamentável que esta ferramenta não tenha outro tipo de força legal.
Estas são algumas ideias sobre a situação dos contabilistas em Portugal. Temos todos que apoiar esta classe porque ela pode fazer muito por Portugal.
1 comentários:
ORA AÍ ESTÁ UMA GRANDE VERDADE.
É MUITO FÁCIL DIZER QUE DEVEMOS SEGUIR AS REGRAS, CUMPRI-LAS À RISCA. MAS PARA ISSO ESTAMOS SUJEITOS A PASSAR A FAZER PARTE DAS ESTATÍSTICAS RELATIVAS AO NÚMERO DE DESEMPREGADOS. OU ENTÃO, SE TRABALHAMOS COMO INDEPENDENTES, LÁ SE VAI MAIS UM CLIENTE....
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